segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A Soberania do Cipreste - Aromaterapia



O Cipreste é uma árvore nativa da região sul da Europa e recebe o nome botânico do latim “sempervirens” ou “sempre verdes”, pelo fato de seus galhos, mesmo quando cortados, se manterem verdes por muito tempo.

Em diversas culturas o Cipreste é considerado uma planta sagrada, representando Morte/Renascimento. Muitos povos utilizam até hoje sua madeira para fazer caixões e seus galhos como ornamento fúnebre. Outros têm o costume de plantar um Cipreste sempre que nasce um filho, para despertar os talentos da pessoa. A defumação com seus ramos também é muito utilizada para atrair proteção, longevidade e saúde.

Essa frondosa conífera cresce na vertical, podendo chegar a 45 metros de altura. Possui as sementes expostas e não produz frutos. Através de suas características, o Cipreste nos ensina que é necessário seguir sempre em frente, apesar dos percalços que a vida nos impõe. Sua soberania  nos mostra que somos fortes e podemos resgatar essa força mesmo quando deixamos de sentir o chão debaixo de nossos pés. 

Na Aromaterapia, o óleo essencial de Cipreste é também um óleo ancorador. Ele vem para mostrar que todos nós temos capacidade de “renascer” das cinzas. Esse óleo pode ser utilizado para auxiliar os que “perderam o chão”, que necessitam silenciar o seu eu interno e encontrar o foco para seguirem soberanos em direção aos seus objetivos. Ajuda pessoas que tem dificuldades em visualizar o novo a saírem da zona de conforto e não se apegarem tanto aos fatos que já passaram. Pessoas que foram muito judiadas pelos contratempos que a vida colocou na sua jornada e que perderam a fé e a esperança de seguirem em frente.  

Auxilia indivíduos que se calam. Pessoas que ficam com as palavras presas na garganta, causando tosse e nutrindo o “bichinho do hã-hã”. As sementes expostas dessa planta nos mostram que não precisamos ter medo de nos expor e o óleo essencial de Cipreste contribui para que possamos nos desfazer desse padrão de comportamento, contribuindo para que encontremos maneiras de falar o que pensamos ou sentimos e que, por algum motivo, ficou entalado na garganta. 

O Cipreste também é usado para estancar qualquer fluxo do corpo, como sangramentos, desinteria, incontinência urinária. Alivia períodos menstruais excessivos, muitas vezes causados pela formação de cistos ou miomas. Possui propriedades adstringentes e cicatrizantes. Além disso, beneficia sistema circulatório e vascular.


 Imagem de domínio público

Nome científico: Cupressus sempervirens
Planeta regente: Saturno
Elemento: Terra
Energia: Yin
Divindades: Plutão, Hades, Apolo, Zeus, Maia, Afrodite, Artemis, Júpiter, Hermes, Baba Yaga, Nornes, Géia, Rhiannon, Rá, Astarte

Indicações terapêuticas mais comuns:
- Problemas de pele: pele oleosa, sudorese excessiva, ferimentos, sangramento gengival, picadas de insetos.
- Circulação, músculos e articulações: reumatismo, artrite, dores e câimbras musculares, celulite, edemas, má circulação, hemorroidas, varizes.
- Sistema respiratório: Asma, bronquite e tosse.
- Sistemas geniturinário e reprodutor: dismenorréia, fluxo excessivo, distúrbios decorrentes da menopausa, incontinência urinária e enurese noturna.
- Efeitos psicológico, mental e emocional:  ancorador, alivia tensão nervosa, diminui o estresse, fortalecedor psicológico.

Lembrando que é muito importante sempre saber as origens de cada doença, o porque o distúrbio ocorreu no seu corpo, para que dessa forma se possa fazer uso adequado de cada planta e/ou óleo essencial. Para isso é se faz necessário consultar um profissional especializado. Cada ser é único nas suas características e um tratamento individualizado é essencial para o sucesso do tratamento.

Fontes de consulta:
PRICE, Shirley. Aromaterapia e as Emoções. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001
HOARE, Joana. Guia Completo de Aromaterapia. São Paulo: Pensamento, 2010
CUNNINGHAM, Scott. Herbalismo Magico. St. Paul, Minnesota: Llewellyn Español, 2003
STERN, Fábio L. Os Aspectos Sutis, Simbólicos e sagrados das Plantas Medicinais. Curitiba: Appris, 2013